Wednesday, April 15, 2009

O MISTER EM ENTREVISTA À "+ PANTERA"

José Oliveira é o treinador dos Juniores, pessoa ambiciosa que não ficou nada satisfeito com a participação no campeonato, pois aspirava a mais, como é seu hábito.

Que análise fazes do campeonato?
Ficamos aquém daquilo que pretendíamos. Uma das causas para isso acontecer, foi que quatro atletas com quem contávamos, por motivos profissionais, não poderem comparecer em muitos dos treinos e num plantel de onze atletas perder quatro é muito para se realizar um trabalho condigno.

Sabemos que para ti só existe uma meta que é o primeiro lugar, mas com todas condicionantes continua a considerar mau o lugar alcançado?
Se tiver em conta as dificuldades do próprio campeonato e de outras situações que aconteceram, acho que o terceiro lugar é positivo, mas para mim continua a ser frustrante porque o objectivo era o primeiro.
Mas as viagens constantes para Perosinho, para treinos e jogos não provocaram um desgaste acrescido?
Quando optamos para ir para Perosinho tudo foi bom, porque tínhamos todas as condições de trabalho, tínhamos um pavilhão que era de nossa exclusividade, era quase como se fosse nosso. Tudo parecia ir ser uma maravilha mas com a fragilização do plantel, pelos motivos que já referi, apareceu uma certa desmotivação.
Mas a desmotivação começa porquê?
O calendário obrigou-nos a começar com o Freixieiro e ao perdermos esse jogo criou-se um abalo psicológico. Posteriormente perdemos igualmente com o Pinheirense pela sexta ou sétima jornada. Reunimo-nos no balneário, tentamos moralizar e incentivar o grupo, mas todos sabíamos que a missão que era difícil se tornará muito mais complicada.

Quando optas-te por Perosinho, esperavas mais apoio e presença dos associados?
Ao partirmos para este projecto contamos sempre que iríamos ter o apoio do Boavista e das gentes do Perosinho. Era nossa intenção divulgar a nossa presença e promover os jogos lá, mas reconheço que ficou aquém do que esperava. Tínhamos jogos em que o adversário tinha mais apoiantes que nós. Os nossos apoiantes eram os familiares dos atletas.

O Departamento saiu beneficiado com essa situação. Mas depois desta experiência pessoal, achas que se deve repetir na próxima época?
Pelo que observei, considero que o Pavilhão fica muito fora da nossa zona e a não ser, que seja um escalão que consiga arrastar muita gente, sou da opinião que não se deve repetir. Quando jogávamos no Fontes tínhamos sempre muita gente a ver e em Perosinho isso não acontecia. Quero registar, no entanto, a extraordinária colaboração do Clube Gaiense para connosco.

Que te pareceu o campeonato?
Houve uma primeira volta em que existiam quatro/cinco equipas a lutar entre si. Na segunda volta ficamos só os três o Boavista, Freixieiro e Pinheirense. Nesta situação os pontos perdidos no início tiveram muito peso na nossa campanha.

O título está bem entregue ao Freixieiro?
Sim está. Foi a equipa mais regular durante a época, teve uma oscilação na parte final mas os pontos que tinha de avanço permitiram que o objectivo de ser campeão nunca estivesse em risco. Penso que a nível exibicional eles e o Boavista foram as melhores equipas.

Individualmente no Boavista quais as surpresas de evolução de atletas. Positivas e negativas?
Fiquei surpreendido com uma aquisição que fizemos em Dezembro. Foi um guarda-redes que me surpreendeu pela positiva pela grande evolução que conseguiu e conseguiu “puxar” a equipa para cima. Jogadores como esse, deve-mos conseguir mais no futuro. Na generalidade houve miúdos que evoluíram bastante e outros houve, que ficaram aquém daquilo que esperava deles.

Quantos ficam nos juniores?
Só o guarda-redes. Todos os outros serão seniores para o ano. Para ano temos que formar uma equipa toda nova.

Final de época altura de balanço. Algo a acrescentar?
Tenho que agradecer ao senhor José Manuel que é um grande sócio do Perosinho e nos deu todo apoio, quero agradecer ao professor e ao Rui Resende pelo apoio numa época desgastante. E finalmente agradecer à minha família pela compreensão que teve para tanta ausência, mas todos sabem que eu amo isto de tal forma que não posso estar inactivo