
É um dos mais antigos dirigentes do futsal do Boavista FC, paralelamente é um activo associativista. Dirigente da Associação da zona e Francos desde os dezoito anos, onde desenvolveu vários cargos, sendo há quatro anos o seu Presidente.
Desportista de mérito, praticou Futebol no Ramaldense e mais tarde futsal no Boavista FC. É dirigente da UAR (união das Associações de Ramalde) associação da qual é fundador.
Será um pouco difícil de quem estamos a falar, mas se dissermos o seu nome, todos os Boavisteiros o identificarão , pois é exactamente de Jorge Ribeiro…que falamos!
BoavistaFutsal – Desportivamente quem é o Jorge Ribeiro?
- Sou o associado do Boavista FC número 570, estou no futsal há sensivelmente catorze anos. Iniciei a criação da secção, tendo sido o primeiro guarda-redes, joguei com o Alberto Melo, Paulo Fonseca, Armando Simas entre outros… Fui fundador dos Panteras Negras com o Yuri, grupo do qual nasceu o futsal do Boavista. Que posteriormente passou a ser pelo Clube.
– Esteve sempre permanente?- Tive um interregno de prestação, que não me interessa trazer para o público, um dia voltei para trazer um dos meus “miúdos” e convidaram-me para ficar a treinar os guarda-redes. Aceitei e por aqui continuei, até que um dia o Eng. António Marques, achou que deveria abandonar a parte técnica e passar para a parte Dirigente.
- Desde aí sempre como Dirigente?- Exactamente e até hoje já conheci três Directores do departamento diferentes, que forma o Joaquim Oliveira, o Paulo Fonseca e actualmente o António Morais.
- Qual a relação que teve com eles?- Saudável, aberta, franca, cada um tem o seu estilo próprio mas consegui apartar-me aos seus métodos.
- Que balanço faz da época que agora acabou?
- Foi profundamente marcada pela situação criada nos seniores, pois tivemos que ceder jogadores ao escalão máximo e isso provocou alguns “ciúmes” entre os atletas. Louvo o trabalho do treinador José Oliveira que soube lidar bem com a situação e sempre conturnou as situações, que daí surgiram.
- Mas teve consequências verdadeiras?
- Sim, o título ficou comprometido, tudo isso afectou o trabalho porque o grupo ficou partido, porque os que não iam aos seniores, se sentiram um pouco marginalizados e depois tivemos uma fase de empates, que nos tirou da corrida.
- Que pensa sobre a época que se avizinha?
- Quando reformulamos o plantel é com intuito de iniciarmos a época, com o objectivo de lutar pelo melhor lugar que for possível, mas tendo sempre em consideração que o principal trabalho na formação é promover jogadores para os seniores. Os juniores são a parte mais alta da pirâmide da formação, os atletas quando são promovidos, terão que estar formados com o espírito competitivo.
- Quanto às condições de trabalhos que tiveram?
- As dificuldades já não são de agora, mesmo no tempo da existência do pavilhão Acácio Lelo, estava habituado a treinar sem condições. Se à dez anos atrás se tivesse realizado um referendo interno sobre o futsal, não tenho dúvidas que a modalidade teria sido abatida no Boavista, pois mesmo com pavilhão, o futsal era visto com outros olhos, mesmo pela cúpula do Clube. Hoje considero que já não é assim! Foi com muito trabalho e dedicação que todos conseguimos transformar a opinião das pessoas.
- Então valeu a pena essa teimosia?- Obviamente que sim! Outras modalidades que estiveram mais alto, nessa altura, caíram agora e o futsal continua a subir e conseguiu mesmo vencer uma Super-Taça Nacional e um segundo lugar na Taça das Taças da Europa.
- A realidade interna do futsal, o que lhe diz?
- Neste momento a Direcção do Boavista, está muito mais próxima do futsal. Há dois anos era impensável ver o Presidente-Adjunto, Tavares Rijo, dar a cara pelo clube como eu vi. Considero que o Eng. António Marques e o António Morais, podem ser os mártires desta situação. Pode correr tudo bem (espero que sim) mas se as coisas se complicarem é o António Morais que tem que resolver. Ainda bem que a escolha caiu no Morais, pois ele está habituado a estas situações.
- Mas acredita ou não, no futuro?
- É evidente que vamos tirar frutos do trabalho que estamos a desenvolver, a própria imagem está a mudar. A presença do Senhor Tavares Rijo, mostra que há uma cumplicidade entre ele e o Presidente e havendo essa cumplicidade, logo também existe uma cumplicidade entre o Senhor Presidente e o futsal.
O site está dar uma imagem nova do Departamento. O futsal campus mostrou um número de candidatos mostra a grandeza do Clube, pois mesmo no meio de uma crise houve uma enorme adesão.
- Alguma mensagem final?
- Ao longo destes anos foi muito confundido, por ser pai de dois atletas mas no fundo acabo por me dirigir aos atletas sempre com respeito. A saída do Artur obrigou a inevitáveis comparações entre os dois, muitas vezes os jogadores não entendem um maior rigor da minha parte, mas estão enganados, pois eu considero-me um associativista por natureza.
Foi uma intervenção calma, decidida de quem anda aqui há muito tempo, já passou bonanças e temporais, mas nunca desistiu! Para além de tudo, ainda tem tempo para ser um Autarca…
Agora percebo porque é que o Alberto Melo, o chama por PRESIDENTE.